Arquitetura do Sono
Os seres humanos, como os ursos, também hibernam, só que nós
hibernamos todos os dias. Queiramos ou não, somos obrigados a passar
horas dormindo para poder enfrentar a lida do dia seguinte.
O sono respeita uma arquitetura mais ou menos rígida. Nos momentos
iniciais, o tronco cerebral vai sendo desligado gradativamente e nós
saímos da fase de vigília. Essa é a fase dos trancos musculares. Sem
muita noção do que está acontecendo, imaginamos que pisamos num buraco e
damos um pulo na cama.
O cérebro não é capaz de distinguir o sonho da realidade. Por isso, é
muito importante que os músculos deixem de contrair durante o sono.
Caso contrário, poderíamos passar a noite lutando contra inimigos
imaginários. Passo seguinte: a atividade cerebral diminui até atingir um
grau mínimo. É a fase do sono profundo. Depois, ela volta a aumentar,
alcança novamente os níveis de vigília, mas os músculos, com exceção dos
que envolvem os olhos, continuam sem movimento. É o sono REM (rapid eyes movement) que coincide com o período dos sonhos. Essa fase dura apenas alguns minutos e a atividade cai outra vez.
O sono evolui em ciclos: fases de ondas rápidas que se alternam com
fases de ondas bem lentas. Em média, ocorrem cinco ou seis fases de 70 a
110 minutos cada durante o período de sono, findo o qual o cérebro
volta a funcionar dando início a uma nova fase de vigília.
Algumas pessoas apresentam a arquitetura do sono completamente
desestruturada. Umas demoram muito para dormir, outras dormem
imediatamente depois que se deitam, mas acordam duas ou três horas mais
tarde e custam a conciliar novamente o sono. Há, ainda, as que dormem
direto, mas acordam muito antes da hora prevista.
Esses distúrbios do sono a que chamamos de insônia são muito
frequentes e todos passamos por períodos em que dormimos mal por algum
motivo. Entretanto, quando a alteração do sono se torna permanente,
requer cuidados profissionais especializados.
informações de: http://drauziovarella.com.br/
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